O PSDB do prefeito Jorge Pozzobom, ao que tudo indica, parece ter assimilado que há um calendário eleitoral em curso e que precisa se movimentar para mostrar competitividade se quiser emplacar o nome do prefeito para a disputa de segundo turno. A coluna conversou, nos últimos dias, com representantes do partido local e também com integrantes do governo municipal para saber como estão as tratativas de composição para a corrida ao pleito municipal.
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A mais recente movimentação do PSDB ocorreu com o desconhecido PSL, que ganhou projeção nacional por ter sido o partido em que Jair Bolsonaro elegeu-se presidente da República. Ao surfar na onda do bolsonarismo, o PSL é hoje a joia da coroa. A sigla terá R$ 193,6 milhões do fundo eleitoral para a eleição de novembro. Com a segunda maior bancada na Câmara Federal, o PSL tem dinheiro e tempo de campanha. Porém, tudo isso até aqui parece ser acessório.
O PSL, contudo, tem algo a mais a oferecer a Pozzobom: o nome do vice para a chapa com Pozzobom. Para compor ao lado do tucano, o PSDB buscou no PSL o nome do empresário Rodrigo Décimo, que já presidiu a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism).
FRENTE EM CURSO
Até o momento, o PSDB tem encaminhado a construção de uma composição que terá o PSL, o PTB e, por fim, o DEM. Ainda no último fim de semana, o prefeito esteve reunido com o presidente do PSL de Santa Maria, Eloi Irigaray, que esteve à frente da liberação de um recurso de R$ 500 mil, que virá do Ministério da Saúde, para a prefeitura reforçar o enfrentamento à pandemia.
O PTB deve anunciar, ainda nesta semana, a adesão ao nome do prefeito Pozzobom. Os petebistas desembarcaram, ainda em junho, da Frente Trabalhista de Marcelo Bisogno (PDT) e Fabiano Pereira (PSB). O presidente do PTB, Jair Binotto, falou "estar bem encaminhado" para estar ao lado de Pozzobom na disputa de novembro:
- O momento não é de vaidades ou de projetos pessoais. O prefeito Pozzobom está conduzindo bem a cidade. Unidade e trabalho precisam caminhar juntos já agora e, principalmente, a partir de 2021.
Do lado do DEM, que ocupa duas secretarias no governo Pozzobom, o pré-candidato Rodrigo Menna Barretto diz que, no momento, a posição do partido é a de "buscar o protagonismo" que lhe cabe.
- Hoje, estamos no governo. E temos disposição de estarmos com o governo no pleito. O DEM, como já disse em outros momentos, tem estatura e tamanho para pleitear protagonismo próprio. E vamos reivindicá-lo - diz Menna Barreto.
Ou seja, quase tudo está bem encaminhado. Quase. Até porque, como diz o jargão, a política é dinâmica.